Tolerância é continuar
mesmo quando você é jogado contra uma parece dura.
Um quadrado não consegue pular porque é feito de linhas retas,
mas uma bola consegue porque é redonda e geralmente leve.
Seja qual for o seu tamanho, ela pulará de volta.
Trabalhar em linhas retas significa perder as implicações das coisas,
ser limitado e ditado pelo presente.
Essa vida é tudo o que existe.
E os cantos do quadrado, as mudanças repentinas de direção,
podem machucar as pessoas.
Não associamos uma bola com machucar, mas com jogar.
Tolerância vem de percebermos que tudo é um enigma
e que todas as coisas funcionam em círculos,
o que é incômodo agora, logo mudará.
Há um movimento constante na tolerância,
uma flexibilidade por gostar de mudanças.
Um quadrado encontra a sua posição e isso é tudo.
Alguém tolerante pode se ajustar a qualquer situação,
pode introduzir um elemento de diversão ou humor.
O humor vem de muitas coisas:
de uma necessidade de superar imperfeições ou mágoa,
ou desespero, mas o humor da tolerância vem do otimismo.
Como é possível ter tolerância, exercê-la em momentos difíceis?
Primeiro, é necessário um pouco de quietude.
Pensar, percorrer a jornada interior.
Pensar no nascimento, em como as coisas começaram,
para onde foram e porque foram
e brincar com esse ciclo de eventos como se fosse uma bola.
Depois, amar as pessoas, como seres diferentes,
com um histórico de experiêcias pessoais e internas,
seres com talentos singulares muitas vezes encobertos.
Olhar nos olhos das pessoas sem medo e perceber a raridade de cada uma delas.
Tolerância é dizer sim ao jogo da Vida, aproveitá-lo e aprender,
mesmo que, às vezes, ele seja duro.
Anthea Church ("O livro das Virtudes")
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