22.12.09

Haja PAZ na Terra....

"...A começar em mim, prometo a meu Senhor
Que a cada passo que eu der, e seja onde for,
A cada momento estarei vivendo em plena paz e amor.
Haja Paz na Terra, a começar em mim."

Sejamos PAZ

Que o Natal sirva principalmente,
para nos inspirar, em todos os dias da nossa vida - a PAZ.
Que essa PAZ seja verdadeira e nasça de dentro do nosso coração,
para que possamos refleti-la em tudo que é vida fora de nós,
em pensamentos, ações, sentimentos, intenções e realizações.
Ao assumir tal compromisso, que sejamos capazes também de nos mobilizar para disseminá-la, como for possível, do jeito que estiver ao nosso alcance,
realizando o melhor da nossa parte,
mesmo que isso não consiga eliminar toda guerra,
violência, discriminação, desigualdade, miséria e epidemias do mundo.
Façamos a nossa parte!
Somos cada um, centelha da luz divina, habitando um espaço desse planeta,
nos relacionando com outros seres.
Somos irmãos e podemos nos tornar divinos.
Jesus foi o grande mestre, que veio ao mundo para nos ensinar como fazer isso.
Então, que em todos os dias da nossa existência,
sejamos uma partículazinha da luz capaz de iluminar a vida.
Sejamos PAZ!!!

O Espírito de Natal

Para: Você .... Do: Menino Jesus


O Natal é a festa das crianças e da divina Criança que se esconde dentro de cada adulto. É altamente inspiradora a crença de que Deus se acercou dos seres humanos na forma de uma criança. Assim ninguém pode alegar que Ele é apenas um mistério insondável, fascinante por um lado e aterrador por outro. Não. Ele se aproximou de nós na fragilidade de um recém-nascido que choraminga de frio e que busca, faminto, o seio materno. Precisamos respeitar e amar esta forma como Deus quis entrar no nosso mundo. Pelos fundos, numa gruta de animais, numa noite escura e cheia de neve "porque não havia lugar para ele nas pousadinhas de Belém".
Mais consoladora é ainda a ideia de que seremos julgados por uma criança e não por um juiz severo e esquadrinhador. Criança quer brincar. Ela se enturma imediatamente com todas as outras, pobres, ricas, japonesas, negras e loiras. É a inocência originária que ainda não conheceu as malícias da vida adulta.
A divina Criança nos introduzirá na dança celeste e no festim que a família divina do Pai, do Filho e do Espírito Santo prepara para todos os seus filhos e as suas filhas, não excluídos aqueles que, um dia, foram desgarrados.
Estava refletindo sobre esta realidade bem-aventurada quando um anjo, daqueles que cantaram aos pastores nos campos de Belém, se aproximou espiritualmente e me entregou um cartãozinho de Natal. De quem seria? Comecei a ler. Nele se dizia:
"Queridos irmãozinhos e irmãzinhas:
Se vocês ao olharem o presépio e ao verem lá o Menino Jesus no meio de Maria e de José e junto do boi e do jumento, se encherem de fé de que Deus se fez criança, como qualquer um de vocês;
Se vocês conseguirem ver nos outros meninos e meninas a presença inefável do Menino Jesus que uma vez nascido em Belém, nunca nos deixou sozinhos neste mundo;
Se vocês forem capazes de fazer renascer a criança escondida nos seus pais, nos seus tios e tias e nas outras pessoas que vocês conhecem para que surja nelas o amor, a ternura, o cuidado com todo mundo, também com a natureza;
Se vocês, ao olharem para o presépio, descobrirem Jesus pobremente vestido, quase nuzinho e lembrarem de tantas crianças igualmente mal vestidas e se sofrerem no fundo do coração por esta situação e se puderem dividir o que vocês têm de sobra e desejarem já agora mudar este estado de coisas;
Se vocês, ao verem a vaquinha, o burrinho, as ovelhas, os cabritos, os cães, os camelos e o elefante no presépio e pensarem que o universo inteiro é também iluminado pela divina Criança e que todos eles fazem parte da grande Casa de Deus;
Se vocês olharem para o alto e virem a estrela com sua cauda luminosa e recordarem que sempre há uma estrela como a de Belém sobre vocês, acompanho-os, iluminando-os, mostrando-lhes os melhores caminhos;
Se vocês se lembrarem que os reis magos, vindos de terras distantes, eram, na verdade, sábios e que ainda hoje representam os cientistas e os mestres que conseguem ver nesta Criança o sentido secreto da vida e do universo;
Se vocês pensaram que esse Menino é simultaneamente homem e Deus e por ser homem é seu irmão e por ser Deus existe uma porção Deus em vocês e por causa disso, se encherem de alegria e de legítimo orgulho;
Se pensarem tudo isso então fiquem sabendo que eu estou nascendo de novo e renovando o Natal entre vocês. Estarei sempre perto, caminhando com vocês, chorando com vocês e brincando com vocês até aquele dia em que chegaremos todos, humanidade e universo, na Casa de Deus que é Pai e Mãe de infinita bondade, para morarmos sempre juntos e sermos eternamente felizes".
Belém, 25 de dezembro do ano 1.
(Leonardo Boff)

21.12.09

Auto-estima


Um grande erro: crer-se mais importante do que se é, e estimar-se menos do que se vale.

18.12.09


Quem Fica...

A Síntese do "Fica"...


Gifs Animados
Existem vários tipos de relacionamentos afetivos, mas o ficar é o mais presente hoje entre os adolescentes. Ficar é um relacionamento ocasional, na maioria das vezes com duração de algumas horas durante uma festa ou num momento de diversão. A prática mais comum envolve beijos, abraços e carinhos, tendo como característica importante a não implicação de compromissos futuros. É sempre visto como algo passageiro, sem conseqüências ou envolvimentos.
A galera diz que existem vários tipos de fica. Segundo os adolescentes tem o “ficar ficando”, o “ficar por ficar”, o “ficar-prévia-namoro” (apesar de dizerem que namoro é palavra em extinção). Tem também um "ficar meio fixo", pelo que entendi, algo que acontece com os mesmos parceiros/parceiras de fica, que só ficam entre si, mas que não é namoro (entendeu?).
O que de cara sabemos é que ficar é algo que não implica em compromissos, o que aliás, tem muito a ver com essa fase da vida, já que adolescentes não estão prontos mesmo pra assumir grandes responsabilidades. É por isso também que encaram a prática com muita naturalidade.
Outra coisa é que existe uma diferença entre meninos e meninas quanto à preferência ou não de “ficar”. Geralmente os meninos são mais adeptos desse hábito enquanto que as meninas preferem namorar a ficar. Talvez isso demonstre que as meninas amadurecem mais cedo que os meninos.
Seja qual for a preferência entre os sexos, o ficar é um modo de explorar e experimentar sentimentos, parceiros e situações de escolhas para tomada de decisões que exigem mais responsabilidade, pois muitos desses adolescentes relatam que o ficar é um primeiro contato que poderia de fato levar a um namoro.
Por mais conservador que possa parecer nos dias de hoje, existe certa recriminação em relação àqueles que “ficam” com freqüência, principalmente para as meninas, pois elas são vistas como “galinhas”, “não-sérias”, "piriguetes", “não confiáveis”, passíveis de rejeição tanto por parte dos meninos como das próprias amigas.
Melhor é não dar muita vazão ao que os outros pensam ou falam. Todo lugar existe luz e existe sombra... Como disseram na nossa última Oficina do Fica: "quem fica parado perde tempo".
O importante é ter cautela e saber se prevenir. O ficar pode ser passageiro ou durar o tempo que for mas, o se cuidar é sempre.

Ficar


17.12.09

Diversidade sexual na escola

No Brasil, a intensidade das formulações homofóbicas e heterossexistas presentes nas escolas é alarmante. Estudo recente da UNESCO, envolvendo estudantes brasileiros do ensino fundamental, seus pais e professores, aponta para um alto grau de rejeição à homossexualidade na comunidade escolar. As conclusões da pesquisa afirmam que um terço de pais de alunos e um quarto dos próprios alunos não gostariam que homossexuais fossem colegas de escola de seus filhos (essa taxa de rejeição chega a 60% em alguns estados). Nessa mesma pesquisa, foram selecionadas pelos estudantes do sexo masculino seis formas de violência por ordem de gravidade. A hierarquização deveria ser estabelecida entre as seguintes opções: atirar em alguém, estuprar, usar drogas, roubar, andar armado e espancar homossexuais. A agressão contra homossexuais ocupou o 6º lugar, como a ação “menos grave” que se pode praticar no ambiente escolar. Outro trabalho realizado pela UNESCO sobre os valores sociais dos professores mostrou que, embora a maioria dos professores concorde com a introdução de temas contemporâneos no currículo, tais como prevenção ao uso de drogas, saúde reprodutiva e violência; muitos ainda tratam a homossexualidade como perversão, doença e deformação moral, colaborando - pela via do silêncio ou de posturas negligentes em relação aos insultos e aos maus tratos - para a reprodução da violência associada à homofobia.
(...)
Resultados de pesquisas realizadas em várias partes do mundo apontam para a relação entre cultura homofóbica e alto índice de suicídio e de sofrimento psíquico (o qual pode se apresentar sob a forma de comportamentos de risco como o uso abusivo de drogas, sexo sem proteção e violência) entre os jovens gays, lésbicas e transexuais. Estes estudos apontam para uma dinâmica do sofrimento derivada da incorporação pelos jovens da homofobia presente na sociedade levando à construção de uma imagem negativa de si mesmos...

Diferentes Seres


Diferente não é quem o pretenda ser. Este é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente. Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados. Para os outros. Que riem de inveja de não serem assim. E de medo de não agüentarem, caso um dia venham a ser. O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.

O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido com ele por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias são adiadas; esperanças são mortas. Um diferente medroso, este sim acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.

Os diferentes muito inteligentes entendem por que os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porque de quem o agride.

O diferente começa a sofrer cedo, desde o curso primário, onde os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns professores por omissão (principalmente os mais grossos), se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial, em aleijão e caricatura.

O diferente carrega desde cedo apelidos e carimbos nos quais acaba se transformando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.Os diferentes aí estão: enfermos; paralíticos; machucados; gordos; magros demais; bonitos; inteligentes em excesso; bons demais para aquele cargo; excepcionais; narigudos; barrigudos; joelhudos; pé grande; feios; de roupas erradas; cheios de espinhas; de mumunha; malícia ou baba; os diferentes aí estão, doendo e doando, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.

A alma dos diferentes é feita de uma luz além. A estrela dos diferentes tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão os maiores tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são capazes.

Jamais mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.

Artur da Távola

15.12.09

Você sabe o que é a Descriminalização do Aborto?


Descriminalizar é fazer o Aborto deixar de ser um crime, ou assunto de polícia, onde o resultado pode ser até a prisão, para ser, simplesmente, assunto de SAÚDE PÚBLICA. Deixando de ser considerado crime, envolveria o apoio psicológico fundamental para a mulher nesse momento, assim como informações adequadas sobre contracepção, sobre o direito da mulher de optar pela interrupção ou pelo prosseguimento da gravidez e, em caso de escolher pelo aborto, ter o direito de fazer esse procedimento nas condições de segurança e higiene que a medicina pode oferecer.

Nenhuma mulher gosta de fazer aborto. Não existe nenhum prazer nisso, muito pelo contrário. Em geral essa é uma decisão emocionalmente dificil para a maioria das mulheres. Mas a escolha é unicamente dela, não deve ser imposição estatal, religiosa ou social. Com o exercício da liberdade de decidir sobre o próprio corpo, será principalmente a consciência da gestante que dirá a ela o que fazer. Acima de tudo é a vontade de cada mulher que deve ser respeitada.
(O vídeo acima compõe a 5ª parte do debate que foi ao ar no Programa Canal Livre, sobre o tema "Legalização do Aborto". Você pode assistir as outras partes no YouTube. Um debate muito interessante entre diferentes pontos de vista da Igreja x Ciência, a respeito desse tema sempre tão polêmico, mas que precisamos como cidadãos, abrir a mente para refletir, compreender e nos posicionar. Vale a pena assistir!)

Neste sentido consideramos que o Aborto deve ser tratado como uma questão de Saúde Pública, jamais como matéria de Direito Penal.
  • Defendemos a descriminalização do Aborto;
  • Defendemos a criação de políticas públicas justas para cuidar da saúde da mulher;
  • Defendemos o planejamento familiar;
  • Defendemos o direito da mulher a escolha da maternidade.

O que se passa com as mulheres onde o Aborto é ilegal?

14.12.09

Discriminação, preconceito, barbárie e vergonha - Violência contra a Mulher


Selvageria e retrocesso: estudante é agredida em São Paulo por usar minissaia

Às vezes nos deparamos com algumas situações tão absurdas que temos de parar e ter certeza de que estamos vendo mesmo aquilo. No dia 22, uma aluna da Universidade Bandeirante (Uniban), do campus de São Bernardo do Campo (SP), região do ABC, foi à aula com um vestido curto. Nada demais. Mas, em pleno século 21, isso bastou para que centenas de alunos a perseguissem pelos corredores feito selvagens.

Aos gritos de "Puta! Puta!", a aluna era perseguida. Alguns gritavam, outros escalavam as paredes para espiar a estudante pela janela da sala onde ela teve de se trancar. Celulares nas mãos, muitos fotografavam e filmavam a cena. O material, evidentemente, foi parar na rede. Os vídeos publicados no YouTube atingiram dezenas de milhares de acessos.
Da sala de aula, a jovem só saiu escoltada pela Polícia Militar, que foi chamada para conter o tumulto. Para conseguir ir embora, teve de vestir um jaleco. Barbárie é pouco.
Reportagem feita pelo iGTV

Segundo a reportagem do site G1, a PM teria informado que a jovem "foi à faculdade 'em trajes inapropriados'". Já a universidade disse que vai abrir sindicância para apurar o ocorrido.
Em nota, a instituição diz que "Alunos, professores, seguranças e também a aluna estão sendo ouvidos individualmente pela universidade, que pretende aplicar medidas disciplinares aos causadores do tumulto, conforme o seu regimento interno, respeitando-se o contraditório e a ampla defesa". Será que o "traje inapropriado" será considerado um atenuante nesse caso?
Sim, é violência!Como bichos, os alunos foram saindo das salas de aula e cercando a estudante. As ofensas morais, os gritos de "puta" e "vagabunda" foram descendo de nível - se é que isso é imaginável - até chegar a ameaças de estupro. Estudantes que presenciaram a cena dizem que os bárbaros também gritavam que iam "comer" a jovem.

A universidade diz, na mesma nota, que isso não ocorreu, porque " não houve qualquer contato físico nem perseguição à aluna. O que houve foram manifestações verbais de caráter ofensivo". O que aconteceu foi o que, então, se não perseguição? E olhar para uma garota e dizer "eu vou te comer" não é ameaça de estupro?

É deprimente, ao assistir aos vídeos, ver que não eram só homens que perseguiam a aluna. Muitas estudantes mulheres compunham a horda de bárbaros. Essas mesmas mulheres já devem ter ouvido coisas semelhantes em algum momento da vida. São vítimas da própria opressão que reproduziram neste episódio.

O que é apropriado?As mesmas pessoas que condenaram o estilo de vestir da estudante, que o classificaram como "inapropriado" ou roupa de "puta" não se levantam contra a mercantilização da mulher. A transformação da mulher em mercadoria se dá todos os dias na mídia, em mulheres seminuas, mulheres-frutas e outras aberrações criadas pela sociedade para ter mais um produto à venda.

O comportamento destes estudantes não é apenas antiquado. Isso seria o menos pior. É, principalmente, expressão do mais vil preconceito. É a decadência da sociedade capitalista exposta em sua forma mais grotesca.

O apropriado num caso como este seria a punição exemplar aos selvagens que criaram o tumulto, que ofenderam e violentaram - mesmo que verbalmente - a jovem. Mas parece que a punida será ela. É possível que a estudante nunca mais use seu vestido curto, que as revistas e a televisão tanto disseram que estava na moda. É possível que não vá mais às aulas por constrangimento (até ontem, ela não havia voltado à Uniban). É possível que carregue esta história como um trauma.

Também somos vítimas todas as mulheres, inclusive as que legitimaram a violência no episódio da Uniban. Nem mesmo a punição específica neste caso é capaz de apagar a hipocrisia da sociedade.

O fato é que enquanto não se coibir a propagação impune da ideologia do preconceito e enquanto mulheres continuarem sendo vendidas e expostas como pedaços de carne num açougue, os homens vão se sentir no direito de possuí-las, de comprá-las. Afinal, o capitalismo precisa disso para sobreviver. E precisa também da divisão entre homens e mulheres, para que eles não se unam e não se voltem contra o próprio sistema. Se isso acontecesse, aí sim poderíamos vislumbrar um outro tipo de sociedade com homens e mulheres não animalizados como os que vimos na Uniban.


Mostramos este vídeo a várias pessoas. Todas ficaram chocadas e custaram a acreditar. Todas questionaram se o fato teria realmente ocorrido.

Luciana Candidoda redação
Publicado no Site PSTU em - 30/10/2009

Estatuto da Criança e do Adloescente

9.12.09

Erotização da música influi na precocidade sexual da criança

Especialistas afirmam que canções de cunho apelativo induzem comportamento inadequado para algumas faixas etárias

É comum vermos crianças cada vez mais novas cantando e dançando ao som de refrões carregados de sexualidade, utilizando roupas e calçados impróprios para essa fase. As músicas erotizadas se tornam febre entre meninos e meninas em todo o país, mesmo sem muitas vezes terem conhecimento do que estejam ouvindo ou dançando. Mas qual a influência dessas músicas no desenvolvimento da criança? De que modo a letra de uma canção pode influenciar o comportamento infantil?
Para a psicóloga Aline Maciel, músicas de cunho apelativo com letras que tratem de sexo estimulam a iniciação sexual precoce entre meninos e meninas. Segundo ela, “músicas com uma carga sexual muito forte aliadas a coreografias sensuais fazem com que as crianças tenham acesso a elementos que não são adequados a sua faixa etária, induzindo comportamentos inadequados”.
O artigo A música e o Desenvolvimento da Criança, de autoria da Doutora em Educação Monique Andries Nogueira, atesta que a música tem um papel importante nos aspectos afetivo e social de meninos e meninas desde a primeira infância, período que vai do nascimento aos seis anos de idade. Além disso, ela funciona como meio de inserção e identificação cultural entre elas.
Entretanto letras e danças erotizadas fazem com a sexualidade, entendida como elemento presente em todos os estágios de desenvolvimento do indivíduo, se volte para o sensual, o erótico e o excitante, quando deveria ser canalizada para a construção das emoções, das relações sociais, da experimentação de papéis e do desenvolvimento da afetividade.
O acesso precoce a esse tipo de produto cultural faz com que a criança deixe de vivenciar a infância e aquilo que é próprio da fase, que é o brincar. Com a banalização do sexo, a percepção da criança é alterada. “A criança começa lidar com a sexualização do corpo sem o devido entendimento de como isso deve ser tratado”, explica Aline Maciel.
O resultado disso é o adiantamento do primeiro contato com a sexualidade, que deve acontecer na pré-puberdade, a partir do onze anos de idade. “A criança sofre uma pressão da sociedade, antecipando todo o seu processo sexual e vivendo a sua sexualidade sem inteireza e maturidade”, opina Aline Maciel. Para ela, as crianças se tornam erotizadas e em especial as meninas, que passam a ver o corpo como entidade de prazer, consumo e status social.

Imagem da mulher - Várias músicas distorcem a imagem da mulher ao utilizarem expressões como “cachorra”, “potranca”, “Maria-gasolina” e “piriguete”, que reforçam o estigma da mulher como objeto sexual e do corpo com valor de troca, denegrindo sua imagem. Esse tipo de produção afeta diretamente o desenvolvimento das meninas. “As mulheres quando dançam as coreografias carregadas em sensualidade atraem a atenção dos homens. Então, as meninas passam a se preocupar também em atrair os meninos, o que é impróprio para a infância”, comenta Aline Maciel.
Uma das decorrências disso, é o aumento dos índices de gravidez na adolescência e dos casos de abuso e violência sexual. De acordo com as estatísticas do Registro Civil, divulgadas em dezembro do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de partos em mães adolescentes em Sergipe representou 21,53% do total de nascimentos em 2006. Com a gravidez precoce, várias etapas do desenvolvimento são queimadas. Com a responsabilidade de uma vida nova para cuidar, muitas vezes a primeira conseqüência é o abandono dos estudos.
Com a precocidade da sexualidade da infância, os casos de abuso e exploração sexual tendem a aumentam. Em Sergipe, até setembro de 2007, a Maternidade Hildete Falcão, onde são realizadas perícias de casos desse tipo, realizou 150 atendimentos a vítimas. Os Conselhos Tutelares também registram frequentemente casos de exploração sexual comercial de crianças e adolescentes em Aracaju. Somente em 2006, foram registradas 23 ocorrências.
Um outro agravante a essa questão é o fato dos pais aprovarem que os filhos escutem músicas e dancem coreografias com sentido dúbio e sensual. “Quando os pais acham bonitinho que suas filhas usem aquele tipo de roupa e dancem essas músicas, eles estão contribuindo para a precocidade do sexo e o adultecer da criança”, esclarece a psicóloga.

Papel dos pais e da escola - O contato da criança com músicas que estimulam o erotismo e a
sexualidade deve ser acompanhado pelos pais. “Os pais devem conversar com os filhos, fazendo com que eles reflitam sobre o conteúdo das músicas. Para que eles entendam que aquele tipo de música não é legal”, destaca Maciel.
Levar a criança a ter acesso a outros tipos de música, de cunho criativo, reflexivo e ao mesmo tempo divertido é um outro caminho possível na hora de reeducar os filhos musicalmente. Segundo Aline Maciel, “é necessário uma contrapartida dos pais ao se envolverem com os filhos e apresentarem a eles um tipo de música adequado”.
Além dos pais, a escola também tem papel fundamental na conscientização das crianças. “A escola precisa oferecer à criança um tipo de música diferente daquele que é tocado nas rádios e na TV”, reforça a psicóloga. O projeto pedagógico e o professor em sala de aula precisam desenvolver no aluno a capacidade de crítica e reflexão sobre o tema da sexualidade.
Contudo a psicóloga alerta que cabe aos pais escolherem a escola mais adequada e cobrar dela o cumprimento do projeto educacional apresentado, acompanhando as atividades desempenhadas e conversando com seus filhos.

A erotização da mídia - A música está presente em programas de TV, em anúncios publicitários, em filmes e em outros produtos de mídia. É muito utilizada como meio de estímulo ao consumismo e a violência. Mas ainda são as músicas que tratam de sexo, relacionamentos amorosos, traição e outros temas relacionados que mais prejudicam as crianças. Para a pesquisadora Maria José Subtil, no artigo Mídias e Música: a construção social da noção de infância, “da parte da mídia, o reforço a uma visão erotizada das crianças cria uma espécie de mal-estar em "ser infantil" e acentua nessas crianças manifestações miniaturizadas de características dos adultos”.

Ética e Legislação - A veiculação de músicas e danças na TV que explorem a sexualidade fere o Código de Ética da Radiodifusão Brasileira que determina, no Capítulo II, artigo 15, que “as emissoras de rádio e televisão não apresentarão músicas cujas letras sejam nitidamente pornográficas”.
O artigo 71 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura que “a criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de desenvolvimento”, ao passo que o artigo 59 prevê que “os municípios, com o apoio dos Estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos para espaços e programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude”.
Além disso, o ECA responsabiliza o poder público pela regulamentação de espetáculos públicos, entre eles shows musicais, informando as faixas etárias de acesso a que não se recomendam, além de locais e horários inadequados para a sua realização (Art. 74).

Desenvolvimento saudável - A música também contribui positivamente para o desenvolvimento da criança, quando empregada em contexto adequado. De acordo com a psicóloga Aline Maciel, “a música desenvolve a percepção, a concentração, a observação e a criatividade da criança”.
Ao mesmo tempo em que a música possibilita essa diversidade de estímulos, ela pode estimular também a absorção de informações e a aprendizagem, principalmente no campo do raciocínio lógico, da memória, do espaço e do raciocínio abstrato. A especialista ressalta que essas características são desenvolvidas “dentro de melodias suaves, de construções harmônicas adequadas e letras construtivas”.
A pesquisadora Monique Andries Nogueira afirma que a música também traz efeitos muito significativos no campo da maturação social da criança. É por meio do repertório musical que a criança se inicia como membros de um grupo social. Além disso, a música também é importante do ponto de vista da maturação individual, isto é, do aprendizado das regras sociais por parte da criança.

7.12.09

Máscara


Mesmo que seja estranho, seja você...

Pitty
Diga, quem você é me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida

Tira, a máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro, jeito de ser (2x)

Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer, consciente, inconsequente
Sem se preocupar em ser adulto ou criança
O importante é ser você (2x)

Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja...

O meu cabelo não é igual
A sua roupa não é igual
Ao meu tamanho, não é igual
Ao seu caráter, não é igual
Não é igual, não é igual, não é igual

I had enough of it (Eu tive o suficiente)
But I don't care (Mas eu não ligo)
I had enough of it (Eu tive o suficiente)
But I don't care (Mas eu não ligo)

Diga quem você é, me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida
E o importante é ser você

Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você

Capacitação em Maranguape, Guaiuba e Pacatuba




Um Protagonista chamado Antônio Vilamar da Silva

Quando o adolescente, individualmente ou em grupo, se envolve na solução de problemas reais, atuando como fonte de iniciativa, liberdade e compromisso, temos diante de nós, um quadro de participação genuína no contexto escolar ou sócio-comunitário.
(Gomes da Costa)

Adolescência



Há no ar um teor de expectação,
Borbulhar de emoções imprevisíveis:
Vários níveis de amores... e desníveis...
Idas e vindas: jovem coração
Preso em mil barreiras intransponíveis.
Muitos amigos, rios de solidão,
Mal-entendidos, chances de perdão,
Prisões de orgulho e celas tão terríveis
Que libertar-se delas é sofrer!
Mas sofrimento também faz crescer...
E o orgulho sucumbindo à humildade
Cultivará nos outros a esperança
De que deixaste os erros de criança
E agora tens responsabilidade...

Ederson Peka

Capacitação de Furquilha, Santana do Acarau e Sobral




3.12.09

As meninas querem saber: Afinal, o que é um Metrosexual?

A metrosexualidade é um fenómeno recente que tem renovado o conceito tradicional do homem.
Quando se começou a ouvir o termo associou-se a aspectos relacionados com a sexualidade, por vezes interpretadas como sinônimo de homosexualidade.
A Metrosexualidade é um fenómeno que como tantos outros se manifesta na sociedade em constante evolução, é a “revolução” do homem das metrópoles, que se diz moderno e com amor-próprio. Para perceberem melhor: as mulheres há anos que podem ser consideradas metrosexuais, pois há anos que os padrões de beleza e bem-estar do corpo e da mente são uma preocupação a ter em conta, há anos que as mulheres utilizam maquilhagem, cremes, fazem depilação, e agora são os homens que assumem também esta prioridade consigo próprios. O típico estereótipo de macho, está de certa forma a ser abandonado, e o que é engraçado é que o que vem acontecendo, é o assumir de aspectos da feminilidade por parte destes homens, de não terem problemas em fazer a depilação, irem com frequência ao cabeleireiro, e o assumirem perante os outros que ainda são conservadores e o apontam como uma “vergonha para os machos”.

Quais são as bases de um homem Metrosexual?

Caricatura de Zé Bonitinho, personagem humorístico da TV brasileira

É definido como um heterossexual, sensível, bem educado, cavalheiresco, urbano e que esteja ciente do seu lado feminino. Pode ter uma marcação semanal na manicure, o cabelo será da responsabilidade de um excelente cabeleireiro e não barbeiro e as massagens de relaxamento e até – porque não? – uma limpeza facial num Spa. O metrosexual adora comprar, poder usar bons produtos de joalharia e relojoaria, e o seu armário de casa de banho terá certamente bons produtos de cosmética, perfumaria e higiene pessoal masculina, incluindo cremes e revitalizantes para a pele. Um metrosexual preocupa-se com o seu físico e aparência, frequentando um health club com condições de higiene e acompanhamento profissional. Tem uma noção absoluta do poder da imagem que vende e adora que reparem nele.

Com o forte processo de influência social a exercer pressão sobre os indivíduos, este é um fenómeno que veio para ficar, a realidade é que existem cada vez mais homens metrosexuais, também as mídias sustentam este fenómeno, quer através da publicidade a produtos de beleza dirigidos exclusivamente a este segmento de mercado, quer através de programas que divulgam a imagem deste novo estereótipo masculino.

1.12.09

1º de Dezembro - Dia Mundial de Luta contra AIDS

CAMISINHA - escolha a sua - o importante é USAR


Quando a gente (se) AMA é claro que a gente (se) CUIDA!

No dia Mundial de Combate a AIDS, em se tratando de prevenção, é bom reafirmarmos a importância de algo muito importante: Auto-estima. Auto-estima é a estima que somos capazes de ter por nós mesmos, é o quanto nos valorizamos, nos queremos bem, nos aceitamos como somos. Poderíamos dizer que é a junção do amor próprio e da autoconfiança, fundamentais na hora de negociar o sexo seguro, com uso da camisinha. Quem não se ama o suficiente sempre estará mais vulnerável em muitos momentos a negligenciar consigo próprio/a e com os outros, atraindo diferentes situações de risco. Ter projetos de vida, confiar na vontade de realizá-los, na capacidade de conquistar o que se quer, só é possível se houver esse auto-amor. Sem isso é claro que nos distanciamos muito das possibilidades da felicidade que desde cedo sonhamos. Sexualidade, prevenção e auto-estima, andam de mãos dadas. Quando temos auto-estima valorizamos a vida – a nossa e a vida das pessoas que gostamos. Quem ama a própria vida, se cuida e, na hora do sexo quem se cuida mesmo, USA CAMISINHA!
Kitah Soares