22.12.09

Haja PAZ na Terra....

"...A começar em mim, prometo a meu Senhor
Que a cada passo que eu der, e seja onde for,
A cada momento estarei vivendo em plena paz e amor.
Haja Paz na Terra, a começar em mim."

Sejamos PAZ

Que o Natal sirva principalmente,
para nos inspirar, em todos os dias da nossa vida - a PAZ.
Que essa PAZ seja verdadeira e nasça de dentro do nosso coração,
para que possamos refleti-la em tudo que é vida fora de nós,
em pensamentos, ações, sentimentos, intenções e realizações.
Ao assumir tal compromisso, que sejamos capazes também de nos mobilizar para disseminá-la, como for possível, do jeito que estiver ao nosso alcance,
realizando o melhor da nossa parte,
mesmo que isso não consiga eliminar toda guerra,
violência, discriminação, desigualdade, miséria e epidemias do mundo.
Façamos a nossa parte!
Somos cada um, centelha da luz divina, habitando um espaço desse planeta,
nos relacionando com outros seres.
Somos irmãos e podemos nos tornar divinos.
Jesus foi o grande mestre, que veio ao mundo para nos ensinar como fazer isso.
Então, que em todos os dias da nossa existência,
sejamos uma partículazinha da luz capaz de iluminar a vida.
Sejamos PAZ!!!

O Espírito de Natal

Para: Você .... Do: Menino Jesus


O Natal é a festa das crianças e da divina Criança que se esconde dentro de cada adulto. É altamente inspiradora a crença de que Deus se acercou dos seres humanos na forma de uma criança. Assim ninguém pode alegar que Ele é apenas um mistério insondável, fascinante por um lado e aterrador por outro. Não. Ele se aproximou de nós na fragilidade de um recém-nascido que choraminga de frio e que busca, faminto, o seio materno. Precisamos respeitar e amar esta forma como Deus quis entrar no nosso mundo. Pelos fundos, numa gruta de animais, numa noite escura e cheia de neve "porque não havia lugar para ele nas pousadinhas de Belém".
Mais consoladora é ainda a ideia de que seremos julgados por uma criança e não por um juiz severo e esquadrinhador. Criança quer brincar. Ela se enturma imediatamente com todas as outras, pobres, ricas, japonesas, negras e loiras. É a inocência originária que ainda não conheceu as malícias da vida adulta.
A divina Criança nos introduzirá na dança celeste e no festim que a família divina do Pai, do Filho e do Espírito Santo prepara para todos os seus filhos e as suas filhas, não excluídos aqueles que, um dia, foram desgarrados.
Estava refletindo sobre esta realidade bem-aventurada quando um anjo, daqueles que cantaram aos pastores nos campos de Belém, se aproximou espiritualmente e me entregou um cartãozinho de Natal. De quem seria? Comecei a ler. Nele se dizia:
"Queridos irmãozinhos e irmãzinhas:
Se vocês ao olharem o presépio e ao verem lá o Menino Jesus no meio de Maria e de José e junto do boi e do jumento, se encherem de fé de que Deus se fez criança, como qualquer um de vocês;
Se vocês conseguirem ver nos outros meninos e meninas a presença inefável do Menino Jesus que uma vez nascido em Belém, nunca nos deixou sozinhos neste mundo;
Se vocês forem capazes de fazer renascer a criança escondida nos seus pais, nos seus tios e tias e nas outras pessoas que vocês conhecem para que surja nelas o amor, a ternura, o cuidado com todo mundo, também com a natureza;
Se vocês, ao olharem para o presépio, descobrirem Jesus pobremente vestido, quase nuzinho e lembrarem de tantas crianças igualmente mal vestidas e se sofrerem no fundo do coração por esta situação e se puderem dividir o que vocês têm de sobra e desejarem já agora mudar este estado de coisas;
Se vocês, ao verem a vaquinha, o burrinho, as ovelhas, os cabritos, os cães, os camelos e o elefante no presépio e pensarem que o universo inteiro é também iluminado pela divina Criança e que todos eles fazem parte da grande Casa de Deus;
Se vocês olharem para o alto e virem a estrela com sua cauda luminosa e recordarem que sempre há uma estrela como a de Belém sobre vocês, acompanho-os, iluminando-os, mostrando-lhes os melhores caminhos;
Se vocês se lembrarem que os reis magos, vindos de terras distantes, eram, na verdade, sábios e que ainda hoje representam os cientistas e os mestres que conseguem ver nesta Criança o sentido secreto da vida e do universo;
Se vocês pensaram que esse Menino é simultaneamente homem e Deus e por ser homem é seu irmão e por ser Deus existe uma porção Deus em vocês e por causa disso, se encherem de alegria e de legítimo orgulho;
Se pensarem tudo isso então fiquem sabendo que eu estou nascendo de novo e renovando o Natal entre vocês. Estarei sempre perto, caminhando com vocês, chorando com vocês e brincando com vocês até aquele dia em que chegaremos todos, humanidade e universo, na Casa de Deus que é Pai e Mãe de infinita bondade, para morarmos sempre juntos e sermos eternamente felizes".
Belém, 25 de dezembro do ano 1.
(Leonardo Boff)

21.12.09

Auto-estima


Um grande erro: crer-se mais importante do que se é, e estimar-se menos do que se vale.

18.12.09


Quem Fica...

A Síntese do "Fica"...


Gifs Animados
Existem vários tipos de relacionamentos afetivos, mas o ficar é o mais presente hoje entre os adolescentes. Ficar é um relacionamento ocasional, na maioria das vezes com duração de algumas horas durante uma festa ou num momento de diversão. A prática mais comum envolve beijos, abraços e carinhos, tendo como característica importante a não implicação de compromissos futuros. É sempre visto como algo passageiro, sem conseqüências ou envolvimentos.
A galera diz que existem vários tipos de fica. Segundo os adolescentes tem o “ficar ficando”, o “ficar por ficar”, o “ficar-prévia-namoro” (apesar de dizerem que namoro é palavra em extinção). Tem também um "ficar meio fixo", pelo que entendi, algo que acontece com os mesmos parceiros/parceiras de fica, que só ficam entre si, mas que não é namoro (entendeu?).
O que de cara sabemos é que ficar é algo que não implica em compromissos, o que aliás, tem muito a ver com essa fase da vida, já que adolescentes não estão prontos mesmo pra assumir grandes responsabilidades. É por isso também que encaram a prática com muita naturalidade.
Outra coisa é que existe uma diferença entre meninos e meninas quanto à preferência ou não de “ficar”. Geralmente os meninos são mais adeptos desse hábito enquanto que as meninas preferem namorar a ficar. Talvez isso demonstre que as meninas amadurecem mais cedo que os meninos.
Seja qual for a preferência entre os sexos, o ficar é um modo de explorar e experimentar sentimentos, parceiros e situações de escolhas para tomada de decisões que exigem mais responsabilidade, pois muitos desses adolescentes relatam que o ficar é um primeiro contato que poderia de fato levar a um namoro.
Por mais conservador que possa parecer nos dias de hoje, existe certa recriminação em relação àqueles que “ficam” com freqüência, principalmente para as meninas, pois elas são vistas como “galinhas”, “não-sérias”, "piriguetes", “não confiáveis”, passíveis de rejeição tanto por parte dos meninos como das próprias amigas.
Melhor é não dar muita vazão ao que os outros pensam ou falam. Todo lugar existe luz e existe sombra... Como disseram na nossa última Oficina do Fica: "quem fica parado perde tempo".
O importante é ter cautela e saber se prevenir. O ficar pode ser passageiro ou durar o tempo que for mas, o se cuidar é sempre.

Ficar


17.12.09

Diversidade sexual na escola

No Brasil, a intensidade das formulações homofóbicas e heterossexistas presentes nas escolas é alarmante. Estudo recente da UNESCO, envolvendo estudantes brasileiros do ensino fundamental, seus pais e professores, aponta para um alto grau de rejeição à homossexualidade na comunidade escolar. As conclusões da pesquisa afirmam que um terço de pais de alunos e um quarto dos próprios alunos não gostariam que homossexuais fossem colegas de escola de seus filhos (essa taxa de rejeição chega a 60% em alguns estados). Nessa mesma pesquisa, foram selecionadas pelos estudantes do sexo masculino seis formas de violência por ordem de gravidade. A hierarquização deveria ser estabelecida entre as seguintes opções: atirar em alguém, estuprar, usar drogas, roubar, andar armado e espancar homossexuais. A agressão contra homossexuais ocupou o 6º lugar, como a ação “menos grave” que se pode praticar no ambiente escolar. Outro trabalho realizado pela UNESCO sobre os valores sociais dos professores mostrou que, embora a maioria dos professores concorde com a introdução de temas contemporâneos no currículo, tais como prevenção ao uso de drogas, saúde reprodutiva e violência; muitos ainda tratam a homossexualidade como perversão, doença e deformação moral, colaborando - pela via do silêncio ou de posturas negligentes em relação aos insultos e aos maus tratos - para a reprodução da violência associada à homofobia.
(...)
Resultados de pesquisas realizadas em várias partes do mundo apontam para a relação entre cultura homofóbica e alto índice de suicídio e de sofrimento psíquico (o qual pode se apresentar sob a forma de comportamentos de risco como o uso abusivo de drogas, sexo sem proteção e violência) entre os jovens gays, lésbicas e transexuais. Estes estudos apontam para uma dinâmica do sofrimento derivada da incorporação pelos jovens da homofobia presente na sociedade levando à construção de uma imagem negativa de si mesmos...

Diferentes Seres


Diferente não é quem o pretenda ser. Este é um imitador do que ainda não foi imitado, nunca um ser diferente. Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errados. Para os outros. Que riem de inveja de não serem assim. E de medo de não agüentarem, caso um dia venham a ser. O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.

O diferente nunca é um chato. Mas é sempre confundido com ele por pessoas menos sensíveis e avisadas. Supondo encontrar um chato onde está um diferente, talentos são rechaçados; vitórias são adiadas; esperanças são mortas. Um diferente medroso, este sim acaba transformando-se num chato. Chato é um diferente que não vingou.

Os diferentes muito inteligentes entendem por que os outros não os entendem. Os diferentes raivosos acabam tendo razão sozinhos, contra o mundo inteiro. Diferente que se preza entende o porque de quem o agride.

O diferente começa a sofrer cedo, desde o curso primário, onde os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns professores por omissão (principalmente os mais grossos), se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial, em aleijão e caricatura.

O diferente carrega desde cedo apelidos e carimbos nos quais acaba se transformando. Só os diferentes mais fortes do que o mundo se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.Os diferentes aí estão: enfermos; paralíticos; machucados; gordos; magros demais; bonitos; inteligentes em excesso; bons demais para aquele cargo; excepcionais; narigudos; barrigudos; joelhudos; pé grande; feios; de roupas erradas; cheios de espinhas; de mumunha; malícia ou baba; os diferentes aí estão, doendo e doando, mas procurando ser, conseguindo ser, sendo muito mais.

A alma dos diferentes é feita de uma luz além. A estrela dos diferentes tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender. Nessas moradas estão os maiores tesouros da ternura humana. De que só os diferentes são capazes.

Jamais mexa com o amor de um diferente. A menos que você seja suficientemente forte para suportá-lo depois.

Artur da Távola

15.12.09

Você sabe o que é a Descriminalização do Aborto?


Descriminalizar é fazer o Aborto deixar de ser um crime, ou assunto de polícia, onde o resultado pode ser até a prisão, para ser, simplesmente, assunto de SAÚDE PÚBLICA. Deixando de ser considerado crime, envolveria o apoio psicológico fundamental para a mulher nesse momento, assim como informações adequadas sobre contracepção, sobre o direito da mulher de optar pela interrupção ou pelo prosseguimento da gravidez e, em caso de escolher pelo aborto, ter o direito de fazer esse procedimento nas condições de segurança e higiene que a medicina pode oferecer.

Nenhuma mulher gosta de fazer aborto. Não existe nenhum prazer nisso, muito pelo contrário. Em geral essa é uma decisão emocionalmente dificil para a maioria das mulheres. Mas a escolha é unicamente dela, não deve ser imposição estatal, religiosa ou social. Com o exercício da liberdade de decidir sobre o próprio corpo, será principalmente a consciência da gestante que dirá a ela o que fazer. Acima de tudo é a vontade de cada mulher que deve ser respeitada.
(O vídeo acima compõe a 5ª parte do debate que foi ao ar no Programa Canal Livre, sobre o tema "Legalização do Aborto". Você pode assistir as outras partes no YouTube. Um debate muito interessante entre diferentes pontos de vista da Igreja x Ciência, a respeito desse tema sempre tão polêmico, mas que precisamos como cidadãos, abrir a mente para refletir, compreender e nos posicionar. Vale a pena assistir!)

Neste sentido consideramos que o Aborto deve ser tratado como uma questão de Saúde Pública, jamais como matéria de Direito Penal.
  • Defendemos a descriminalização do Aborto;
  • Defendemos a criação de políticas públicas justas para cuidar da saúde da mulher;
  • Defendemos o planejamento familiar;
  • Defendemos o direito da mulher a escolha da maternidade.

O que se passa com as mulheres onde o Aborto é ilegal?

14.12.09

Discriminação, preconceito, barbárie e vergonha - Violência contra a Mulher


Selvageria e retrocesso: estudante é agredida em São Paulo por usar minissaia

Às vezes nos deparamos com algumas situações tão absurdas que temos de parar e ter certeza de que estamos vendo mesmo aquilo. No dia 22, uma aluna da Universidade Bandeirante (Uniban), do campus de São Bernardo do Campo (SP), região do ABC, foi à aula com um vestido curto. Nada demais. Mas, em pleno século 21, isso bastou para que centenas de alunos a perseguissem pelos corredores feito selvagens.

Aos gritos de "Puta! Puta!", a aluna era perseguida. Alguns gritavam, outros escalavam as paredes para espiar a estudante pela janela da sala onde ela teve de se trancar. Celulares nas mãos, muitos fotografavam e filmavam a cena. O material, evidentemente, foi parar na rede. Os vídeos publicados no YouTube atingiram dezenas de milhares de acessos.
Da sala de aula, a jovem só saiu escoltada pela Polícia Militar, que foi chamada para conter o tumulto. Para conseguir ir embora, teve de vestir um jaleco. Barbárie é pouco.
Reportagem feita pelo iGTV

Segundo a reportagem do site G1, a PM teria informado que a jovem "foi à faculdade 'em trajes inapropriados'". Já a universidade disse que vai abrir sindicância para apurar o ocorrido.
Em nota, a instituição diz que "Alunos, professores, seguranças e também a aluna estão sendo ouvidos individualmente pela universidade, que pretende aplicar medidas disciplinares aos causadores do tumulto, conforme o seu regimento interno, respeitando-se o contraditório e a ampla defesa". Será que o "traje inapropriado" será considerado um atenuante nesse caso?
Sim, é violência!Como bichos, os alunos foram saindo das salas de aula e cercando a estudante. As ofensas morais, os gritos de "puta" e "vagabunda" foram descendo de nível - se é que isso é imaginável - até chegar a ameaças de estupro. Estudantes que presenciaram a cena dizem que os bárbaros também gritavam que iam "comer" a jovem.

A universidade diz, na mesma nota, que isso não ocorreu, porque " não houve qualquer contato físico nem perseguição à aluna. O que houve foram manifestações verbais de caráter ofensivo". O que aconteceu foi o que, então, se não perseguição? E olhar para uma garota e dizer "eu vou te comer" não é ameaça de estupro?

É deprimente, ao assistir aos vídeos, ver que não eram só homens que perseguiam a aluna. Muitas estudantes mulheres compunham a horda de bárbaros. Essas mesmas mulheres já devem ter ouvido coisas semelhantes em algum momento da vida. São vítimas da própria opressão que reproduziram neste episódio.

O que é apropriado?As mesmas pessoas que condenaram o estilo de vestir da estudante, que o classificaram como "inapropriado" ou roupa de "puta" não se levantam contra a mercantilização da mulher. A transformação da mulher em mercadoria se dá todos os dias na mídia, em mulheres seminuas, mulheres-frutas e outras aberrações criadas pela sociedade para ter mais um produto à venda.

O comportamento destes estudantes não é apenas antiquado. Isso seria o menos pior. É, principalmente, expressão do mais vil preconceito. É a decadência da sociedade capitalista exposta em sua forma mais grotesca.

O apropriado num caso como este seria a punição exemplar aos selvagens que criaram o tumulto, que ofenderam e violentaram - mesmo que verbalmente - a jovem. Mas parece que a punida será ela. É possível que a estudante nunca mais use seu vestido curto, que as revistas e a televisão tanto disseram que estava na moda. É possível que não vá mais às aulas por constrangimento (até ontem, ela não havia voltado à Uniban). É possível que carregue esta história como um trauma.

Também somos vítimas todas as mulheres, inclusive as que legitimaram a violência no episódio da Uniban. Nem mesmo a punição específica neste caso é capaz de apagar a hipocrisia da sociedade.

O fato é que enquanto não se coibir a propagação impune da ideologia do preconceito e enquanto mulheres continuarem sendo vendidas e expostas como pedaços de carne num açougue, os homens vão se sentir no direito de possuí-las, de comprá-las. Afinal, o capitalismo precisa disso para sobreviver. E precisa também da divisão entre homens e mulheres, para que eles não se unam e não se voltem contra o próprio sistema. Se isso acontecesse, aí sim poderíamos vislumbrar um outro tipo de sociedade com homens e mulheres não animalizados como os que vimos na Uniban.


Mostramos este vídeo a várias pessoas. Todas ficaram chocadas e custaram a acreditar. Todas questionaram se o fato teria realmente ocorrido.

Luciana Candidoda redação
Publicado no Site PSTU em - 30/10/2009

Estatuto da Criança e do Adloescente

9.12.09

Erotização da música influi na precocidade sexual da criança

Especialistas afirmam que canções de cunho apelativo induzem comportamento inadequado para algumas faixas etárias

É comum vermos crianças cada vez mais novas cantando e dançando ao som de refrões carregados de sexualidade, utilizando roupas e calçados impróprios para essa fase. As músicas erotizadas se tornam febre entre meninos e meninas em todo o país, mesmo sem muitas vezes terem conhecimento do que estejam ouvindo ou dançando. Mas qual a influência dessas músicas no desenvolvimento da criança? De que modo a letra de uma canção pode influenciar o comportamento infantil?
Para a psicóloga Aline Maciel, músicas de cunho apelativo com letras que tratem de sexo estimulam a iniciação sexual precoce entre meninos e meninas. Segundo ela, “músicas com uma carga sexual muito forte aliadas a coreografias sensuais fazem com que as crianças tenham acesso a elementos que não são adequados a sua faixa etária, induzindo comportamentos inadequados”.
O artigo A música e o Desenvolvimento da Criança, de autoria da Doutora em Educação Monique Andries Nogueira, atesta que a música tem um papel importante nos aspectos afetivo e social de meninos e meninas desde a primeira infância, período que vai do nascimento aos seis anos de idade. Além disso, ela funciona como meio de inserção e identificação cultural entre elas.
Entretanto letras e danças erotizadas fazem com a sexualidade, entendida como elemento presente em todos os estágios de desenvolvimento do indivíduo, se volte para o sensual, o erótico e o excitante, quando deveria ser canalizada para a construção das emoções, das relações sociais, da experimentação de papéis e do desenvolvimento da afetividade.
O acesso precoce a esse tipo de produto cultural faz com que a criança deixe de vivenciar a infância e aquilo que é próprio da fase, que é o brincar. Com a banalização do sexo, a percepção da criança é alterada. “A criança começa lidar com a sexualização do corpo sem o devido entendimento de como isso deve ser tratado”, explica Aline Maciel.
O resultado disso é o adiantamento do primeiro contato com a sexualidade, que deve acontecer na pré-puberdade, a partir do onze anos de idade. “A criança sofre uma pressão da sociedade, antecipando todo o seu processo sexual e vivendo a sua sexualidade sem inteireza e maturidade”, opina Aline Maciel. Para ela, as crianças se tornam erotizadas e em especial as meninas, que passam a ver o corpo como entidade de prazer, consumo e status social.

Imagem da mulher - Várias músicas distorcem a imagem da mulher ao utilizarem expressões como “cachorra”, “potranca”, “Maria-gasolina” e “piriguete”, que reforçam o estigma da mulher como objeto sexual e do corpo com valor de troca, denegrindo sua imagem. Esse tipo de produção afeta diretamente o desenvolvimento das meninas. “As mulheres quando dançam as coreografias carregadas em sensualidade atraem a atenção dos homens. Então, as meninas passam a se preocupar também em atrair os meninos, o que é impróprio para a infância”, comenta Aline Maciel.
Uma das decorrências disso, é o aumento dos índices de gravidez na adolescência e dos casos de abuso e violência sexual. De acordo com as estatísticas do Registro Civil, divulgadas em dezembro do ano passado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice de partos em mães adolescentes em Sergipe representou 21,53% do total de nascimentos em 2006. Com a gravidez precoce, várias etapas do desenvolvimento são queimadas. Com a responsabilidade de uma vida nova para cuidar, muitas vezes a primeira conseqüência é o abandono dos estudos.
Com a precocidade da sexualidade da infância, os casos de abuso e exploração sexual tendem a aumentam. Em Sergipe, até setembro de 2007, a Maternidade Hildete Falcão, onde são realizadas perícias de casos desse tipo, realizou 150 atendimentos a vítimas. Os Conselhos Tutelares também registram frequentemente casos de exploração sexual comercial de crianças e adolescentes em Aracaju. Somente em 2006, foram registradas 23 ocorrências.
Um outro agravante a essa questão é o fato dos pais aprovarem que os filhos escutem músicas e dancem coreografias com sentido dúbio e sensual. “Quando os pais acham bonitinho que suas filhas usem aquele tipo de roupa e dancem essas músicas, eles estão contribuindo para a precocidade do sexo e o adultecer da criança”, esclarece a psicóloga.

Papel dos pais e da escola - O contato da criança com músicas que estimulam o erotismo e a
sexualidade deve ser acompanhado pelos pais. “Os pais devem conversar com os filhos, fazendo com que eles reflitam sobre o conteúdo das músicas. Para que eles entendam que aquele tipo de música não é legal”, destaca Maciel.
Levar a criança a ter acesso a outros tipos de música, de cunho criativo, reflexivo e ao mesmo tempo divertido é um outro caminho possível na hora de reeducar os filhos musicalmente. Segundo Aline Maciel, “é necessário uma contrapartida dos pais ao se envolverem com os filhos e apresentarem a eles um tipo de música adequado”.
Além dos pais, a escola também tem papel fundamental na conscientização das crianças. “A escola precisa oferecer à criança um tipo de música diferente daquele que é tocado nas rádios e na TV”, reforça a psicóloga. O projeto pedagógico e o professor em sala de aula precisam desenvolver no aluno a capacidade de crítica e reflexão sobre o tema da sexualidade.
Contudo a psicóloga alerta que cabe aos pais escolherem a escola mais adequada e cobrar dela o cumprimento do projeto educacional apresentado, acompanhando as atividades desempenhadas e conversando com seus filhos.

A erotização da mídia - A música está presente em programas de TV, em anúncios publicitários, em filmes e em outros produtos de mídia. É muito utilizada como meio de estímulo ao consumismo e a violência. Mas ainda são as músicas que tratam de sexo, relacionamentos amorosos, traição e outros temas relacionados que mais prejudicam as crianças. Para a pesquisadora Maria José Subtil, no artigo Mídias e Música: a construção social da noção de infância, “da parte da mídia, o reforço a uma visão erotizada das crianças cria uma espécie de mal-estar em "ser infantil" e acentua nessas crianças manifestações miniaturizadas de características dos adultos”.

Ética e Legislação - A veiculação de músicas e danças na TV que explorem a sexualidade fere o Código de Ética da Radiodifusão Brasileira que determina, no Capítulo II, artigo 15, que “as emissoras de rádio e televisão não apresentarão músicas cujas letras sejam nitidamente pornográficas”.
O artigo 71 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura que “a criança e o adolescente têm direito a informação, cultura, lazer, esportes, diversões, espetáculos e produtos e serviços que respeitem sua condição peculiar de desenvolvimento”, ao passo que o artigo 59 prevê que “os municípios, com o apoio dos Estados e da União, estimularão e facilitarão a destinação de recursos para espaços e programações culturais, esportivas e de lazer voltadas para a infância e a juventude”.
Além disso, o ECA responsabiliza o poder público pela regulamentação de espetáculos públicos, entre eles shows musicais, informando as faixas etárias de acesso a que não se recomendam, além de locais e horários inadequados para a sua realização (Art. 74).

Desenvolvimento saudável - A música também contribui positivamente para o desenvolvimento da criança, quando empregada em contexto adequado. De acordo com a psicóloga Aline Maciel, “a música desenvolve a percepção, a concentração, a observação e a criatividade da criança”.
Ao mesmo tempo em que a música possibilita essa diversidade de estímulos, ela pode estimular também a absorção de informações e a aprendizagem, principalmente no campo do raciocínio lógico, da memória, do espaço e do raciocínio abstrato. A especialista ressalta que essas características são desenvolvidas “dentro de melodias suaves, de construções harmônicas adequadas e letras construtivas”.
A pesquisadora Monique Andries Nogueira afirma que a música também traz efeitos muito significativos no campo da maturação social da criança. É por meio do repertório musical que a criança se inicia como membros de um grupo social. Além disso, a música também é importante do ponto de vista da maturação individual, isto é, do aprendizado das regras sociais por parte da criança.

7.12.09

Máscara


Mesmo que seja estranho, seja você...

Pitty
Diga, quem você é me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida

Tira, a máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro, jeito de ser (2x)

Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer, consciente, inconsequente
Sem se preocupar em ser adulto ou criança
O importante é ser você (2x)

Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja...

O meu cabelo não é igual
A sua roupa não é igual
Ao meu tamanho, não é igual
Ao seu caráter, não é igual
Não é igual, não é igual, não é igual

I had enough of it (Eu tive o suficiente)
But I don't care (Mas eu não ligo)
I had enough of it (Eu tive o suficiente)
But I don't care (Mas eu não ligo)

Diga quem você é, me diga
Me fale sobre a sua estrada
Me conte sobre a sua vida
E o importante é ser você

Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você
Mesmo que seja bizarro, bizarro, bizarro
Mesmo que seja estranho, seja você

Capacitação em Maranguape, Guaiuba e Pacatuba




Um Protagonista chamado Antônio Vilamar da Silva

Quando o adolescente, individualmente ou em grupo, se envolve na solução de problemas reais, atuando como fonte de iniciativa, liberdade e compromisso, temos diante de nós, um quadro de participação genuína no contexto escolar ou sócio-comunitário.
(Gomes da Costa)

Adolescência



Há no ar um teor de expectação,
Borbulhar de emoções imprevisíveis:
Vários níveis de amores... e desníveis...
Idas e vindas: jovem coração
Preso em mil barreiras intransponíveis.
Muitos amigos, rios de solidão,
Mal-entendidos, chances de perdão,
Prisões de orgulho e celas tão terríveis
Que libertar-se delas é sofrer!
Mas sofrimento também faz crescer...
E o orgulho sucumbindo à humildade
Cultivará nos outros a esperança
De que deixaste os erros de criança
E agora tens responsabilidade...

Ederson Peka

Capacitação de Furquilha, Santana do Acarau e Sobral




3.12.09

As meninas querem saber: Afinal, o que é um Metrosexual?

A metrosexualidade é um fenómeno recente que tem renovado o conceito tradicional do homem.
Quando se começou a ouvir o termo associou-se a aspectos relacionados com a sexualidade, por vezes interpretadas como sinônimo de homosexualidade.
A Metrosexualidade é um fenómeno que como tantos outros se manifesta na sociedade em constante evolução, é a “revolução” do homem das metrópoles, que se diz moderno e com amor-próprio. Para perceberem melhor: as mulheres há anos que podem ser consideradas metrosexuais, pois há anos que os padrões de beleza e bem-estar do corpo e da mente são uma preocupação a ter em conta, há anos que as mulheres utilizam maquilhagem, cremes, fazem depilação, e agora são os homens que assumem também esta prioridade consigo próprios. O típico estereótipo de macho, está de certa forma a ser abandonado, e o que é engraçado é que o que vem acontecendo, é o assumir de aspectos da feminilidade por parte destes homens, de não terem problemas em fazer a depilação, irem com frequência ao cabeleireiro, e o assumirem perante os outros que ainda são conservadores e o apontam como uma “vergonha para os machos”.

Quais são as bases de um homem Metrosexual?

Caricatura de Zé Bonitinho, personagem humorístico da TV brasileira

É definido como um heterossexual, sensível, bem educado, cavalheiresco, urbano e que esteja ciente do seu lado feminino. Pode ter uma marcação semanal na manicure, o cabelo será da responsabilidade de um excelente cabeleireiro e não barbeiro e as massagens de relaxamento e até – porque não? – uma limpeza facial num Spa. O metrosexual adora comprar, poder usar bons produtos de joalharia e relojoaria, e o seu armário de casa de banho terá certamente bons produtos de cosmética, perfumaria e higiene pessoal masculina, incluindo cremes e revitalizantes para a pele. Um metrosexual preocupa-se com o seu físico e aparência, frequentando um health club com condições de higiene e acompanhamento profissional. Tem uma noção absoluta do poder da imagem que vende e adora que reparem nele.

Com o forte processo de influência social a exercer pressão sobre os indivíduos, este é um fenómeno que veio para ficar, a realidade é que existem cada vez mais homens metrosexuais, também as mídias sustentam este fenómeno, quer através da publicidade a produtos de beleza dirigidos exclusivamente a este segmento de mercado, quer através de programas que divulgam a imagem deste novo estereótipo masculino.

1.12.09

1º de Dezembro - Dia Mundial de Luta contra AIDS

CAMISINHA - escolha a sua - o importante é USAR


Quando a gente (se) AMA é claro que a gente (se) CUIDA!

No dia Mundial de Combate a AIDS, em se tratando de prevenção, é bom reafirmarmos a importância de algo muito importante: Auto-estima. Auto-estima é a estima que somos capazes de ter por nós mesmos, é o quanto nos valorizamos, nos queremos bem, nos aceitamos como somos. Poderíamos dizer que é a junção do amor próprio e da autoconfiança, fundamentais na hora de negociar o sexo seguro, com uso da camisinha. Quem não se ama o suficiente sempre estará mais vulnerável em muitos momentos a negligenciar consigo próprio/a e com os outros, atraindo diferentes situações de risco. Ter projetos de vida, confiar na vontade de realizá-los, na capacidade de conquistar o que se quer, só é possível se houver esse auto-amor. Sem isso é claro que nos distanciamos muito das possibilidades da felicidade que desde cedo sonhamos. Sexualidade, prevenção e auto-estima, andam de mãos dadas. Quando temos auto-estima valorizamos a vida – a nossa e a vida das pessoas que gostamos. Quem ama a própria vida, se cuida e, na hora do sexo quem se cuida mesmo, USA CAMISINHA!
Kitah Soares

29.11.09

Tolerância


Tolerância é continuar
mesmo quando você é jogado contra uma parece dura.
Um quadrado não consegue pular porque é feito de linhas retas,
mas uma bola consegue porque é redonda e geralmente leve.
Seja qual for o seu tamanho, ela pulará de volta.
Trabalhar em linhas retas significa perder as implicações das coisas,
ser limitado e ditado pelo presente.
Essa vida é tudo o que existe.
E os cantos do quadrado, as mudanças repentinas de direção,
podem machucar as pessoas.
Não associamos uma bola com machucar, mas com jogar.
Tolerância vem de percebermos que tudo é um enigma
e que todas as coisas funcionam em círculos,
o que é incômodo agora, logo mudará.
Há um movimento constante na tolerância,
uma flexibilidade por gostar de mudanças.
Um quadrado encontra a sua posição e isso é tudo.
Alguém tolerante pode se ajustar a qualquer situação,
pode introduzir um elemento de diversão ou humor.
O humor vem de muitas coisas:
de uma necessidade de superar imperfeições ou mágoa,
ou desespero, mas o humor da tolerância vem do otimismo.
Como é possível ter tolerância, exercê-la em momentos difíceis?
Primeiro, é necessário um pouco de quietude.
Pensar, percorrer a jornada interior.
Pensar no nascimento, em como as coisas começaram,
para onde foram e porque foram
e brincar com esse ciclo de eventos como se fosse uma bola.
Depois, amar as pessoas, como seres diferentes,
com um histórico de experiêcias pessoais e internas,
seres com talentos singulares muitas vezes encobertos.
Olhar nos olhos das pessoas sem medo e perceber a raridade de cada uma delas.
Tolerância é dizer sim ao jogo da Vida, aproveitá-lo e aprender,
mesmo que, às vezes, ele seja duro.

Anthea Church ("O livro das Virtudes")

28.11.09

Gênero, vulnerabilidade e prevenção


“Enquanto as meninas e as mulheres se tornam mais vulneráveis perante as DST/Aids, por terem sido socializadas a acreditarem numa forma de amor-doação, na qual a entrega deve ser absoluta e a confiança não poderá ser questionada, os meninos e os homens, por sua vez, têm na própria definição de que ser homem é ser viril, vencer desafios, correr riscos e não demonstrar seus sentimentos, o seu fator de fragilidade.”

Indicação para uma sessão pipoca no CAJ

O Filme "Juntos Pela Vida" apresenta Queen Latifah (indicada ao Oscar® por Chicago) na empolgante história da jornada de uma mulher à beira da auto-destruição e do desespero, e sua inspiradora luta para reconquistar sua dignidade e sua família. Ana é uma portadora do vírus HIV, ex-drogada do Brooklyn, que luta desesperadamente contra seu passado e para acertar as coisas em sua vida. Para tanto, se envolve com um grupo de voluntários que dão suporte à pessoas como ela. Inspirado em fatos reais, Juntos Pela Vida é um conto tocante sobre amor, perda e perseverança. Vale a pena reunir a galera e fazer uma sessão pipoca no CAJ da sua cidade. Depois do filme regado a pipoca, podem rolar umas reflexões bem interessantes. Fica ai a nossa sugestão. Divirtam-se!!!

Declaração dos direitos fundamentais da pessoa portadora do vírus da Aids


I - Todas as pessoas têm direito à informação clara, exata, sobre a Aids. Os portadores do vírus têm direitos a informações específicas sobre sua condição;

II - Todo portador do vírus da Aids tem direito à assistência e ao tratamento, dados sem qualquer restrição, garantindo sua melhor qualidade de vida;

III - Nenhum portador do vírus será submetido a isolamento, quarentena ou qualquer tipo de discriminação;

IV - Ninguém tem o direito de restringir a liberdade ou os direitos das pessoas pelo único motivo de serem portadoras do HIV/Aids, qualquer que seja sua raça, nacionalidade, religião, sexo ou orientação sexua;

V - Todo portador do vírus da Aids tem direito à participação em todos os aspectos da vida social. Toda ação que tende a recusar aos portadores do HIV/Aids um emprego, um alojamento, uma assistência ou a privá-los disso, ou que tenda a restringi-los à participação nas atividades coletivas, escolares e militares, deve ser considerada discriminatória e ser punida por lei;

VI - Todas as pessoas têm direito de receber sangue e hemoderivados, órgãos ou tecidos que tenham sido rigorosamente testados para o HIV;

VII - Ninguém poderá fazer referência à doença de alguém, passada ou futura, ou ao resultado de seus testes para o HIV/Aids sem o consentimento da pessoa envolvida. A privacidade do portador do vírus deverá ser assegurada por todos os serviços médicos e assistenciais;

VIII - Ninguém será submetido aos testes de HIV/Aids compulsoriamente, em caso algum. Os testes de Aids deverão ser usados exclusivamente para fins diagnósticos, para controle de transfusões e transplantes, e estudos epidemiológicos e nunca qualquer tipo de controle de pessoas ou populações. Em todos os casos de testes, os interessados deverão ser informados. Os resultados deverão ser informados por um profissional competente;

IX - Todo portador do vírus tem direito a comunicar apenas às pessoas que deseja seu estado de saúde e o resultado dos seus testes;

X - Toda pessoa com HIV/Aids tem direito à continuação de sua vida civil, profissional, sexual e afetiva. Nenhuma ação poderá restringir seus direitos completos à cidadania.

Declaraçõs colhidas entre participantes do
XII Encontro Nacional de pessoas vivendo com o HIV e Aids.
Rio de Janeiro, Outubro 2006

A camisinha pode fazer parte do prazer. Use-a de forma criativa em todas as relações sexuais.

Desistir do Amor, jamais!!!

Um papinho sério...

Namorar... ficar... beijar na boca... Legal, né? O nosso desejo nos faz sentir vivos(as),importantes. Afinal, escolher e ser escolhido(a), é um direito. Acontece que nem sempre é assim já que muitas vezes esse direito é violado. A violência sexual contra crianças e adolescentes se faz cada vez mais visível. É um fenômeno mundial com forte incidência em nosso Estado. De todos os lados aparecem casos absurdos. Atinge meninas e meninos pobres, ricos(as), brancos(as), negros(as). Muitas vezes dentro da própria casa. Quase sempre com a cumplicidade de outras pessoas.
“Diz aí”, que sexo com crianças “tem nada a ver”, “mó mentira ”. Ao invés de prazer e alegria, causa medo, tristeza, raiva, revolta. Assim é crime, covardia. Assim, é expressão de poder, força, dinheiro, saber, ou qualquer meio que o(a) outro(a) use pra nos fazer sentir “não gente”.
É bom ficar ligado(a): a violência sexual é crime. Ninguém pode fazer isso. Nem namorado, pai, padrasto, professor, tio, médico, padre... o que for... Nem o capital, nem a internet, nem a globo, o caramba! Não pode tirar foto, passar a mão, expor o corpo, ameaçar. Prometer em troca bala, ovo de páscoa, lanche no Mac Donald´s... e depois sair normalmente como se nada tivesse acontecido.
A violência sexual tira a nossa humanidade. Passa por cima de importantes etapas. Nos faz sentir pequenos(as). “Sem forças ó”... sem tesão pra vida. Principalmente quando de forma covarde, nos vêem como culpados(as). Agressores(as), ao invés de vítimas. “Pode crer”, assim fica difícil estudar, cantar, comer, dormir...fica difícil viver.
É necessário saber o porquê dessa estória toda. Discutir as relações de poder. Não dá pra ficar só nas conseqüências. É preciso discutir “sem neuras ” duas coisas: primeiro, o direito a própria sexualidade; segundo, que direito a gente só usufrui estando em condições, inclusive de escolher. Se for obrigação, deixou de ser direito! Sempre que for violado é preciso agir, fazer um auê. Buscar pessoas, fóruns, construir redes. Denunciar, cobrar das autoridades e instituições um amplo acompanhamento de cada caso: não só jurídico mas psicosocial.
Quem é menina fica pra sempre marcada pelo preconceito machista. Sempre haverá um olhar de dúvida, ainda que indiretamente, “sobre a sua honra”. Quem é menino, vai sentir esse olhar “de cara ”, já que por culpa desse mesmo machismo, o critério de honra masculino é “ser heterossexual”.
É barra...Por essas e outras é preciso punir os culpados. Sem desculpas. Não tem álcool, baixos salários, drogas, ou transtornos mentais... é violência e acabou. Não se trata de vingança. Se trata de justiça. E é preciso agir antes também. Se informar, conversar com a galera, seja na rua, na escola, no ônibus, em casa... amanhã ou depois pode ser com qualquer um(a), inclusive com você que está lendo. Se liga ! Proteger o(a) agressor(a)é ser cúmplice. Fingir que não vê é ser omisso(a). Não importa se vizinho(a), mãe, Estado, Igreja, ou até a gente mesmo que olha e depois esquece... muda de canal...
As crianças e adolescentes vitimados pelo abuso e violência sexual têm em comum uma coisa: não tiveram o seu direito levado em conta, pisaram nele. Essas pessoas foram duramente atingidas. No corpo, na alma, nos sonhos... Não puderam fazer opções. Suas famílias também. Seus amigos.
“Na real, na real”, esse pessoal todinho merece ser feliz. Não são meros números. São cidadãs(ãos). Jovens como você, com direitos que precisam ser garantidos.

Uma contribuição de Cícera Andrade
Fortaleza - Ceará

27.11.09

O que realmente importa

"Esse e outros vídeos do "O que realmente importa" é um projeto dos adolescentes multiplicadores de prevenção às Dsts/AIDS e Drogas, fruto do trabalho de uma ONG que esteve em algumas escolas de Belo Horizonte e que organizou isso. O projeto foi muito importante para nós e continua sendo, pois quando a gente sabe com quem está mexendo a gente sabe o grau da prevenção que a gente precisa ter. Como diz a música: Cuidado cuidado se não você dança"

Dia de celebrar a Vida - Todos os dias

1º de dezembro - dia de comemorar
O Dia Mundial de Combate à AIDS
Para que todos possam espalhar
Que a melhor solução
É sempre a informação
Educação e prevenção.
Dia de celebrar a vida.
Dia de socializar conhecimentos,
Respeitar, e não discriminar
Pois a vida pede dignidade,
Solidariedade e qualidade
E não apenas quantidade.
Dia de compreender que não basta falar
É preciso garantir condições para que a vida
Se possa resgatar e preservar.
Dia de gritar que direitos sociais legais
Carecem de aplicação no dia-a-dia,
Pois se forem “leis de papel”
Onde estará a garantia
De que tudo que foi escrito
É sinônimo real de cidadania?
1º de dezembro - dia de refletir
Que todo dia é dia de viver e de lutar
Pelo direito à vida,Pelo respeito à saúde,
Pela consciência individual e coletiva
Para que todos, sem discriminação,
Respeitando as diferenças, possam desfrutar
De melhores dias sem AIDS.
E todas as armas violentas biológicas e “fabricadas”
Que nada mais fazem do que vidas, desrespeitar e ceifar.

de Liduina Felipe M. Fernandes

25.11.09

Dia 25 de Novembro: Dia Latino-Americano de Luta pelo Fim da Violência contra as Mulheres

Em 1999, a Organização das Nações Unidas designou, oficialmente, o 25 de novembro como Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher. A data relembra o assassinato das irmãs Mirabal, ativistas políticas da República Dominicana, a mando do ditador dominicano Rafael Trujilo, no dia 25 de Novembro de 1960. Esta data visa lembrar as pessoas que, em todo o mundo, pelo menos uma em cada três mulheres já foi agredida, forçada a ter relações sexuais ou sofreu algum tipo de abuso ao longo da sua vida, geralmente por parte de alguém conhecido.

O Brasil apresenta altos índices de violência contra as mulheres. Segundo dados da Fundação Perseu Abramo (2001), a cada 15 segundos uma mulher é espancada no país. Pelo menos 43% das mulheres brasileiras sofrem algum tipo de violência pelo simples fato de serem mulheres, sendo 24% violência física, 22% outras agressões,13% estupro, 27% violência psíquica, 11% assédio sexual. Pesquisa IBOPE/Avon (2009) mostra que 55% dos/as brasileiros/as conhecem uma mulher que foi ou é agredida pelo companheiro ou ex. Esses índices são absurdamente altos, indicando que o problema está longe ser erradicado em nossa sociedade.

Desigualdade de gênero, vulnerabilidade e religião

O Brasil também é o maior país católico do mundo - 74% da população, segundo o Censo 2000/IBGE , declaram-se Católicos/as, ou aproximadamente 138 milhões de pessoas - e é também o maior país pentecostal do mundo - 24 milhões de brasileiros se declaram pentecostais, segundo a pesquisa divulgada pelo World Christian Database. Vivemos atualmente um recrudescimento dos fundamentalismos religiosos, em que o conservadorismo moral, a rigidez de costumes e a cristalização da desigualdade de gênero tornam as mulheres ainda mais vulneráveis à violência.

A religião age fortemente pela subjetividade e no plano simbólico. O modelo predominante - o da família patriarcal, da relação heterossexual, da chefia masculina, da submissão de filhos e da mulher ao pai e marido - está impregnado em grande parte por valores advindos das religiões. A cultura brasileira é fortemente influenciada pela visão cristã do mundo e, por conseqüência, do papel que mulheres e homens desempenham nela. As religiões patriarcais têm legitimado ideologicamente a subserviência das mulheres, associando-as ao mal, ao desviante, à desordem, à fraqueza moral. Isso significa que, culturalmente, as mulheres estão à mercê da punição naturalizada. De fato, recentemente assistimos estarrecidas/os centenas de alunos e alunas de uma universidade particular perseguirem e humilharem uma colega por considerarem seus trajes e seu comportamento inadequados.

É assim que a violência se instala na cultura, pela associação mulher-mal, justificando sua desqualificação e exclusão dos espaços de poder e decisões na sociedade. Outro valor bastante presente no ideário cristão é de que o sacrifício é um caminho para a salvação, o que ajuda a manter as mulheres submetidas à violência. A idéia de que "essa é a vontade de Deus" leva à naturalização da violência e a sua reprodução. É importante que as pessoas não percam a dimensão positiva da religião e encontrem nela forças para enfrentar a violência, mas é preciso também mostrar o ideário religioso de forma crítica, rejeitando os conceitos que ajudam a provocar desigualdade, injustiça e violência.

Lei Maria da Penha – Necessidade de mobilização para eficiência no combate à violência



Em 2006, o Governo Federal sancionou a lei n.º 11.340, batizada de lei Maria da Penha. Essa lei, que é um marco histórico para as mulheres brasileiras, ainda que bastante comemorada, precisa de muita mobilização do movimento de mulheres e da sociedade civil para que seja efetiva e eficaz no combate à violência doméstica contra as mulheres. Primeiramente, porque precisa ser divulgada ampla e corretamente. Depois, porque os Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher têm papel fundamental na implementação e execução da lei, entretanto os poderes públicos podem, mas não são obrigados a criá-los. Esses Juizados são essenciais para a efetiva aplicação da lei, pois será por meio deles que se darão o processo, o julgamento e a execução das causas decorrentes da prática de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Como mulheres, católicas e feministas, vimos a público mais uma vez para cobrar das autoridades brasileiras - de todos os poderes - o compromisso político e um efetivo engajamento num projeto de mudança dessa cultura de violência que afeta a vida de milhões de brasileiras.

BASTA DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES! UMA VIDA LIVRE DE VIOLÊNCIA É UM DIREITO DE TODAS/OS!

CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR
Visite nosso site: www.catolicasonline.org.br

Inauguração CAJ - Centro de Ação Jovem - Eusébio





24.11.09

Adolescentes e Articuladores no Planejamento de Ações para o CAJ Eusébio



Objetivos do CAJ

Congregar adolescentes articuladores e outros representantes jovens da comunidade para:Lista com marcadores
  • Familiarizar os jovens com as atividades desenvolvidas por outros espaços;
  • Mobilizar as famílias, professores e gestores para as questões e prioridades dos adolescentes;
  • Expor suas idéias e discutir suas necessidades na comunidade;
  • Buscar apoio para organizar atividades voluntárias, grupos de teatro, música, clubes de leitores, oficinas de arte, mobilizações sociais etc;
  • Fortalecer as ações de protagonismo na comunidade.

Capacitação de General Sampaio e Pentecostes


23.11.09

Adolescer

Adolescer é tomar mais sorvete e menos sopa. É dar longa caminhada sem se preocupar com o trajeto. E fazer mala pequena ou não ter bagagem alguma. E não ter pressa, pois sabemos que temos uma vida pela frente, ou ter pressa demais porque achamos que não temos um minuto a perder. É ter mais problemas reais e nenhum problema imaginário, ou ter problemas imaginários demais e nenhum problema real. Ou não ter problema algum. Porque adolescer é dar-se o luxo de mudar de opinião o tempo inteiro, é poder ter uma crise pela manhã, pois o amor da sua vida te deixou e você nunca mais irá amar, mas sair a noite e acabar conhecendo o grande amor da sua vida que você irá amar sempre até morrer. Ou até uma próxima manhã.
Adolescer é não fazer perguntas, é ir. Pagar pra ver. Atirar-se! Chegar na ponta do precipício
sem preocupar-se com a queda, pois sabemos que vamos voar. É fechar os olhos e voar. Dar o passo maior do que a perna, quebrar a cara, voltar atrás e dar dois passos pequenos pra chegar a algum lugar. Ou então é entender que aquele mesmo precipício só se vence com um imenso pulo.
Adolescer não tem idade, não tem época, não tem momento. Pode não acontecer nunca durante uma vida inteira. Como pode não acabar nunca. Pode morrer e renascer diversas vezes.
Adolescemos quando estamos apaixonadas. Adolescemos quando ganhamos algum presente que queremos muito. Adolescemos quando encontramos nos olhos daquele cara o mesmo brilho que temos nos nossos. Reflexos. Adolescemos quando paramos pra brincar com nossos filhos. Adolescemos quando vamos acampar e passamos a noite matando pernilongos e tomando um wisky pra espantar o frio, só que bebemos tanto que acabamos a rir com os pernilongos. Ou quando vamos a uma sessão de cinema pra ver desenho animado.
Adolescer é um ato que depende de nós. Podemos diariamente encontrar um motivo para isso. Ou podemos simplesmente nos conformar que não somos mais adolescentes e morrer mais cedo.
Eu ando adolescendo... Definitivamente.


Jana Beneduzi

19.11.09

Racismo é burrice...

A História de Zumbi - Consciência Negra

Sabe por que o dia 21 de abril é feriado nacional? É um dia de homenagem pela morte de um branco chamado Tiradentes, que foi traído e esquartejado por causa de seu envolvimento com a Inconfidência Mineira – um dos primeiros movimentos do Brasil pela independência em relação a Portugal. Tiradentes não foi o único grande homem que lutou por liberdade no nosso país, mas em geral, é imediatamente lembrado quando falamos do feriado que o homenageia. Agora, sabe por que o dia 20 de novembro deveria ser feriado nacional? Porque é um dia de homenagem pela morte de um negro chamado Zumbi, o Zumbi dos Palmares. Um líder que lutou pelos nossos irmãos de cor, que também foi traído, denunciado, preso e degolado, com apenas 40 anos de idade. O dia 20 de novembro foi instituido como Dia da Consciência Negra, por ter um significado muito especial, não só para os negros brasileiros, mas para todo aquele que tem consciência histórica da formação do nosso povo, os que reconhecem em Zumbi, mais do que líder ou herói, um símbolo do justo direito de todos e todas por liberdade. Conheça mais sobre Zumbi.
Kitah Soares